Ser bipolar, a dificuldade de o ser

Ser bipolar, a dificuldade de o ser

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Ser bipolar na família

Eu, há 31 anos atrás, quando vivia no Brasil

Eu, há 31 anos atrás, quando vivia no Brasil

Vivi no Brasil há 31 anos atrás, no Rio de Janeiro foram 14 anos sendo que os últimos 6 meses foram em João Pessoa. 


Demonstrava ser feliz pois tinha a minha família bastante presente, mas também fui muito infeliz por viver um casamento bastante nocivo.

O que me deixava de cabeça erguida era a responsabilidade de criar os meus filhos o mais saudáveis possíveis em todos os aspetos.

As lágrimas já corriam pelas minhas faces sem eu controlá-las escondendo-as num pequeno sorriso para que ninguém reparasse.


Filhos

Filhos

Filhos e netos, minha vida!

Se houve alegrias na minha vida de casada, foram os filhos e sobrinhos que me davam gana de viver. Que bom que eram as suas gargalhadas e até os choros de alguma briguinha que tinham. Tratar do ritual de todos os dias de tantas crianças faziam me sentir viva.
 Só que cresceram e como é normal seguiram suas vidas e constituíram as famílias deles, dando me netos maravilhosos. 


O ciclo da violência 

https://www.institutomariadapenha.org.br/violencia-domestica/ciclo-da-violencia.html 

Assim vivi eu durante 24 anos.

Violência sexual

 Já nada sentia por aquele ser que devidia a cama comigo, quando ele pedia me para termos relações ao qual eu negava umas cinco vezes sem interrupção até ter a noção, que haveria confusão e antes que isso acontecesse pois as crianças poderiam acordar, acabava por ceder.. Sentia nojo de mim mesma e chorava durante o ato e quando ele saciava se virava para o outro lado e dormia enquanto eu continuava a chorar até adormecer. Resolvi então mudar me para o sofá cama da sala e já estar deitada com tudo apagado e as crianças a dormir era quando chegava o monstro para me atazanar a cabeça ao qual eu fingia que já dormia. Ligava a televisão aos berros e xingáva me com ameaças as quais eu não respondia lhe mantendo me em silêncio o que o deixava mais irritado. Foram tempos de sobrevivência a qual tornei-me forte. 

Pelos meus filhos tudo fazia para que eles não sofressem.

Hoje, com o saber da vida, faria tudo diferente e teria acabado com essa ralação mais cedo.

Maria Madalena Moreira de Carvalho de Gouvêa Lemos
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